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Cirurgias Ósseas


As cirurgias ósseas foram, nos anos 80, responsáveis pela pior fase de desenvolvimento da Periodontia. Devido a falta de técnicas que pudessem controlar a altura gengival, todo paciente que era submetido a cirurgia de retalho total para se atingir bolsas de diferentes profundidades, devido a doença periodontal, passavam por osteotomia ou osteoplastia, para regularização da altura óssea. O osso então era nivelado pela bolsa de maior profundidade e, com isto, o paciente que já havia perdido inserção periodontal, perdia ainda mais pela atuação do profissional.


Atualmente, a cirurgia óssea é utilizada em casos de fraturas e cáries subgengivais e infra-ósseas, no intuito de recuperar o espaço biológico, ou em casos estéticos de aumento de coroa clínica como visto acima (outros casos clínicos em página anexa de enxertos ósseos). Neste caso, a cirurgia óssea é associada ao retalho de reposicionamento apical de Nabers.


Para a realização dos enxertos ósseos, os defeitos ósseos deverão ter características que lembrem uma caixa, para que este fique estabilizado e fixo no local.


Os defeitos ósseos são classificados pelas paredes ósseas perdidas ou pelas paredes remanescentes. Usualmente a classificação mais usada é a das paredes perdidas. Exemplificando: no espaço interproximal temos as paredes vestibular, lingual ou palatina, mesial e distal, se o defeito ocorrer somente em uma face, teremos um defeito de uma parede,com três remanescentes.


Portanto, as condições ideais para um enxerto é que sempre exista um defeito anatômico que preserve três paredes. Defeitos de duas paredes só são passíveis de receber enxerto, se as paredes remanescentes forem a vestibular e a lingual ou palatina, pois nas proximais as raízes farão o papel de parede óssea, dando uma conformação de caixa, se olharmos pela oclusal. Outra condição favorável para o recebimento de enxerto é nos casos de furca classe II, onde as raízes e o fundo do defeito terão conformação de caixa.


Os enxertos ósseos são classificados de acordo com sua origem. Se do próprio paciente, é chamado de autógeno. Se da espécie humana, porém de outro doador (cadáver), é denominado homógeno. Quando é proveniente de outra espécie (bovino, p.ex.), denomina - se heterógeno e finalmente os sintéticos ou aloplásticos, com utilização ainda restrita, devido ao sucesso obtido.


Em Periodontia, o uso dos enxertos é limitado, visto que de nada serve apenas o preenchimento do buraco causado pelo defeito.


O ideal e sonho dos especialistas é a neo-formação do ligamento, osso e cemento, restabelecendo todo o sistema de inserção.


Na Implantodontia a aplicabilidade dos enxertos é ampla, na tentativa de se obter maior quantidade de tecido ósseo, tanto em altura como em espessura.

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Dr. José Sani Neto

Cirurgião-Dentista, formado em 1982 pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/RS.

Especialista em Periodontia e Mestre em Fisiologia de Órgãos e Sistemas. Professor Titular da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos - FOUNIMES.

Coordenador dos Cursos de Especialização, Atualização e de Iniciação em Cirurgia Periodontal da FOUNIMES.

Professor Convidado do Curso de Especialização em Implantodontia - SENAC TIRADENTES/SP.

Professor Convidado do Curso de Especialização em Implantodontia - FOUNIMES.

Autor do Capítulo Tratamento Odontológico na Gravidez em "A grávida: suas Indagações e as Dúvidas do Obstetra", ed. Atheneu,1999.

Autor do Manual de Periodontia, ed. Atheneu, 2000.

Colaborador no Atlas de Prótese sobre Implantes Cone Morse. 1a. ed. São Paulo: Livraria Editora Santos, 2009.

Co-autor do Atlas de Implantes Cone Morse - da Cirurgia à Prótese. Ed. Napoleão, 2011.

Atenção: para cópia do conteúdo (imagens e texto) desta publicação,

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